sábado, 10 de janeiro de 2009

Oi assume BrT e fala em novas aquisições

brt  oi

Depois de quase nove meses da assinatura do acordo de compra e venda, a Oi assumiu ontem o controle da Brasil Telecom. A novela envolvendo a criação da supertele teve fim na quinta-feira, quando a Oi pagou R$ 5,3 bilhões aos controladores da BrT, numa transação que deve atingir volume total de R$ 13 bilhões. Apesar de vultosa, a operação não tirou o apetite da Oi por mais aquisições.
"Novas aquisições não estão fora do nosso radar. Mas temos de ver os nossos compromissos de caixa", disse Falco. A operadora de telefonia de longa distância Intelig, que vive às voltas com boatos de venda, é uma das apostas do mercado como alvo da nova operadora, que precisa ganhar musculatura para enfrentar suas duas principais concorrentes: a espanhola Telefônica, que divide com a Portugal Telecom o controle da Vivo, a mexicana Telmex, dona da Claro e da Embratel.
Falco não escondeu o interesse. "(A Intelig) é um ativo maravilhoso.Gostaria de comprar, mas o Cade não deixaria", argumentou. Outra empresa que poderia ser alvo de uma aquisição é a TIM Brasil, que já foi envolvida no final do ano passado em fortes rumores de uma venda para a Telefônica. Os controladores da TIM, no entanto, têm reafirmado não ter o menor interesse em vender a empresa.
No exterior, as possibilidades de expansão, de acordo com Falco, podem estar na América Latina e nos países africanos de língua portuguesa. "Na América Latina não existem apenas empresas espanholas e mexicanas. Existem oportunidades, por exemplo, na Venezuela, Argentina e Peru", disse, referindo-se à forte presença dos grupos Telefônica e Telmex.
Nos planos da empresa está a duplicação da base de clientes - hoje de 53 milhões - tanto no Brasil quando no exterior. A meta é atingir 110 milhões de usuários em cinco anos, dos quais 30 milhões seriam fora do País. Para desenvolver este e outros projetos, a empresa manteve a previsão de investir R$ 30 bilhões nesse período.
Falco informou que nas próximas semanas um grupo de executivos vai começar a trabalhar na integração das empresas. De acordo com ele, a sinergia estará completa em 18 meses e deve consumir "uma centena de milhão". Após este período, o executivo acredita que a fusão permita uma economia de R$ 1 bilhão a valores presentes.
A diretoria da Oi decidiu acabar com a marca Brasil Telecom. Falco frisou, no entanto, que alguns produtos poderão ter seus nomes mantidos. "Este é o caso do IG. Não há porque acabar com esta marca, que é tão conhecida", afirmou.
Falco também anunciou o novo quadro de executivos da empresa. Três dos diretores da nova empresa são oriundos da BrT: Luiz Perroni assumiu a diretoria de Assuntos Internacionais. Francisco Santiago ficou com a diretoria de Operações e Jorge Jardim com a de Relações Institucionais.
A aquisição da BrT ainda terá de passar pelo crivo do Cade. O órgão avaliará se a fusão das empresas cria problemas concorrenciais no setor. Apesar de faltar pouco para a concretização do negócio, Falco não descarta novos questionamentos. "Podem ocorrer litígios. A privatização do setor de telecomunicações ocorreu há 10 anos e ainda há litígios na justiça", disse.

 

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090110/not_imp305105,0.php

Após Brasil Telecom, Oi já sonha com a TIM Brasil

tim  oi

RIO - Após fechar a compra da Brasil Telecom (BrT), a Oi (ex-Telemar) já sonha com a TIM Brasil, terceira maior operadora móvel do país com 37 milhões de clientes. O futuro negócio foi discutido no fim de dezembro, durante reunião do Conselho de Administração. Segundo uma fonte, a companhia vai entrar na disputa assim que o maior ativo da Telecom Italia for colocado à venda:

- É um ativo que interessa sim. Isso foi muito discutido na última reunião. A dúvida é a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), que pode dividir a companhia (a TIM Brasil) ao meio para ser vendida no país. A aprovação da agência para comprar a BrT deu um clima de alívio, já que se conseguiu fechar o negócio dentro do prazo inicial.

Procurada, a Oi não confirma (mas também não nega). A TIM está em processo de mudança em seu comando. Mario Cesar Araujo deixou a presidência da empresa no fim do ano passado para se dedicar ao Conselho. O italiano Luca Luciani, que respondia pela operação móvel do grupo na Itália, chegou este mês ao ao Brasil para assumir a companhia.

No início de dezembro de 2008, a espanhola Telefónica, dona de metade da Vivo e da concessionária de telefonia fixa de São Paulo que leva o mesmo nome, tentou aumentar sua participação da Telecom Italia. Porém, disse um executivo, os italianos não quiseram e ainda "deram um chega para lá" nos espanhóis.

- Foi uma longa discussão. Os espanhóis não gostaram e decidiram tentar se entender com os portugueses (a Portugual Telecom detém 50% das ações da Vivo), por sugestão dos próprios italianos - diverte-se a fonte. - O governo da Líbia está interessado em injetar dinheiro nas companhias italianas. Vamos ver o que vai acontecer.

Maiores Informações: http://oglobo.globo.com/economia/mat/2009/01/09/apos-brasil-telecom-oi-ja-sonha-com-tim-brasil-589053710.asp